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Cristificação

Você sabe o que é Cristificação, disfunção emocional do super herói ou padrão do cuidador?  Não? Nós vamos esclarecer isso para você.

É um padrão de comportamento que se estabelece normalmente ainda na infância e é muito evidenciado nos filhos mais velhos. Os pais, muitas vezes sem perceber, quando tem mais de um filho, acabam por qualificar o filho mais velho como o cuidador dos filhos mais novos, fazendo esse acreditar que é responsável por esta nova criatura.

Esse tipo de responsabilidade, gera indivíduos que se sentem responsáveis pela saúde e bem estar do outro, deixando sua saúde, bem estar e propósitos em segundo plano, e isso muitas vezes se estende pela sua vida.

Normalmente essa pessoa desenvolve um tipo de padrão emocional que faz com que se esqueça de si mesma e foque suas energias em cuidar dos outros.

Facilmente percebemos que há uma inversão de prioridades, pois para essas pessoas, os problemas dos outros se tornam mais importantes do que seus próprios problemas.

É natural que isso acabe gerando sobrecarga, estresse e falta de realização, tornando essa pessoa um ser triste e frustrado, já que todos nós temos tempo limitado para cuidar do que é nosso e quando gastamos esse tempo, essa energia, essa força, fica mais difícil alcançar nossos objetivos e nos sentirmos realizados.

Esse tipo de padrão de comportamento pode gerar ainda problemas com o companheiro(a)/cônjuge, posto que o indivíduo “super herói” prioriza resolver assuntos fora do seu núcleo familiar principal para ajudar amigos e parentes, deixando os assuntos de sua casa em segundo plano, gerando muitas vezes conflitos irremediáveis.

O super herói só atrai para se relacionar pessoas com situações problemáticas, pois todo problema busca por solução e ele é a solução, logo, mesmo que involuntariamente, atrai os problemas.

Ele se torna especialista em resolver situações de outras pessoas que são adultas, situações que elas mesmas poderiam lidar e assumir suas consequências. Mas com receio de que essas pessoas não consigam solucionar seus problemas e posteriormente apareçam com um problema maior ainda, se prontifica em agir rapidamente, talvez acreditando que sua ação seja preventiva, no entanto, não percebe que ao solucionar os contratempos desse indivíduo, este busca por outro e cria um ciclo interminável de dependência.

O “super herói” quer se sentir útil e interiormente busca ser apreciado, amado e respeitado. No entanto, atrai pessoas acomodadas, vitimistas e, muitas vezes, aproveitadoras. Em muitos casos, o padrão do “super herói” ou cuidador pode levar a pessoa a se relacionar com indivíduos com problemas mais graves, como depressão, vícios, compulsões (por compra, comida, jogo e etc.), transtorno bipolar, sérios problemas financeiros, violentas e outras dificuldades.  O sentimento de compaixão, culpa ou pena, coloca o cuidador em um lugar de salvador dos outros, fazendo com que não perceba que sua ação impede a evolução do outro, que naturalmente precisa aprender a solucionar seus próprios problemas para poder evoluir.

Além de crianças que receberam a incumbência de cuidar dos irmãos, isso também pode acontecer com crianças com uma infância marcada por traumas de rejeição, abandono ou abusos.

Incumbir uma criança de cuidar de outra, por si só, já é um abuso. Abuso este concretizado pelos pais que são os únicos responsáveis por cuidar de seus filhos, mas que, inúmeras vezes, transferem essa responsabilidade.

Assim, a criança se torna um adulto que vive em busca de ser reconhecido e amado e, ao ajudar, tenta receber o que precisa emocionalmente.

Com as PICS – Práticas integrativas e complementares em saúde – contamos com técnicas eficazes para buscar os motivos e as feridas emocionais mais profundas e enraizadas por traumas repetidos, desde a infância, ajudando essa pessoa a se libertar e se sentir pleno. Da mesma forma em que buscamos ajudar os criadores de problemas a encontrar soluções, a fim de que todos possam evoluir sem cristificar ninguém.

Navegue em nosso site. Estamos prontos para despertar e libertar o melhor que há em você. Afinal, quem cuida do herói? Seja o herói de você mesmo, antes de que o que aconteceu em seus relacionamentos familiares, aconteça em seu corpo.

Com isso a pessoa sai desse padrão do cuidador e se torna um adulto pleno, que prioriza a si mesmo e a família nuclear, e não fica mais emaranhado tentando resolver o sofrimento alheio. Passa a aceitar e confiar que cada um tem o seu destino e é capaz de lidar com ele.

                                                                                                                    Por Sandra Lima, Ceo do Thêrapeutas de Elite.

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